quinta-feira, 11 de junho de 2009

Os remédios "milagrosos" !

O padrão de beleza adotado pela sociedade, faz com que cada vez mais mulheres adeptem aos mais variados métodos para alcançar seus objetivos: plásticas, dietas malucas e até mesmo ingestão de remédios.

Eles prometem o que qualquer pessoa que esteja em briga com o espelho quer: acabar com a fome. Os remédios para emagrecer, támbém chamados de inibidores de apetite(anfetaminas), possuem sim esse poder, mas é importante fazer uma análise completa sobre os prós e os contras deste tipo de medicamento.

Segundo um relatório da ONU, o Brasil é o país que mais consome estes medicamentos. Um estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), mostrou que 92% dos consumidores de medicamentos à base de anfetaminas são mulheres e que a maior parte delas iniciou o consumo deles por estar apenas uns 5 ou 6 quilos acima do peso ideal. Ou seja, a ingestão destes medicamentos está associada a estética.

De acordo com a Lei brasileira, os remédios para emagrecer só podem ser vendidos sob receita médica, mas a venda indiscriminada em farmácias e a fabricação em laboratórios clandestinos é enorme. O pior ainda ocorre quando pessoas que fizeram uma consultam passam essa medicação adiante para outras pessoas sem qualquer prescrição médica e isso é um perigo, visto que as anfetaminas podem causar até mesmo dependência.

Além da anfetamina , existem também outros medicamentos associados à perda de peso: sibutramina e orlistat.

Agora, as consequências destes remedinhos milagrosos. Além do fato de a maioria das pessoas que adeptam a este tratamento não manterem o peso, e voltarem ao que eram antes, eles podem causar mau hálito, tremedeira, insônia, boca seca, alterações de humor, dor de cabeça, insônia, taquicardia, euforia, falta de ar, hipertensão, irritação, dependência, prisão de ventre, depressão, crises de ansiedade e pânico.

Ao analisar todas esses efeitos o mais indicado para sua saúde e seu organismo é adotar uma dieta de alimentação equilibrada associado a malhação e garantir um corpo bonito e saudável.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Depressão atinge cada vez mais as mulheres.

DEPRESSÃO: CAUSA GENÉTICA OU SOCIAL?

A depressão é considerada umas das doenças que mais atingirá as pessoas neste século 21 e sua causa é uma das mais estudadas nos dias de hoje.

Adriane Steinmetz


A depressão é considerada hoje uma das doenças que mais afeta pessoas no mundo. È por este motivo que recebe a designação de mal do século. Ela não escolhe idade nem sexo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, a depressão é duas vezes maior em mulheres que nos homens.A idade varia, sendo mais freqüente em adultos. No entanto o número de jovens e crianças afetados pela depressão está cada vez maior.
No Brasil há cerca de 13 milhões de pessoas deprimidas. Aproximadamente 2/3 das pessoas com depressão não fazem tratamento e a maioria dos pacientes deprimidos que não são tratados irão tentar o suicídio pelo menos uma vez. Com o tratamento correto, 70% a 90% se recuperam da depressão
A depressão pode variar nos níveis entre leve, moderada e crônica e ser identificada, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM) 4ª edição, através dos seguintes sintomas:
· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; · Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;· Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;· Fadiga ou perda de energia;· Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
Outra informação da DSM é de que a maioria das pessoas que tiveram depressão alguma vez na vida terão reincidência.
Dos pacientes que procuram clínico-geral apenas 50% são diagnosticados corretamente. Para o psiquiatra Dr, Geraldo Francisco de Amaral, o diagnóstico de depressão se tornou muito comum, sendo ela muitas vezes confundida com a tristeza profunda. Segundo ele, essa distinção pode ser feita de uma maneira simples. Na tristeza profunda a vítima acorda com o humor normal e ao passar do dia pode sofrer situações desconfortáveis e desagradáveis que lhe afetem humor. Ele se sente triste, mas tem um motivo para isto.Na depressão a pessoa já acorda triste, mal humorada. Ela não tem motivo para estar daquela maneira.
A origem e causa da depressão sugere duas vertentes. Para a psiquiatria, ela é de origem genética, enquanto para a psicologia o que define são os fatores ambientais, sociais.

A VISÃO DA PSIQUIATRIA

De acordo com o Dr. Geraldo Francisco do Amaral, graduado em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (1974), mestrado em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001) e doutorado em Ciências da Saúde pela UnB/UFG/UFMS (2007), experiência na área de Medicina, com ênfase em Psiquiatria, a depressão é ainda hoje muito confundida com a tristeza profunda ou outros distúrbios.
Segundo ele,para 80% da população a depressão está associada a fraqueza de caráter, falta de coragem, punição por pecados, fatores psicológicos. Apenas para 20% está associada à uma doença de base biológica com algum problema no cérebro.
Ele faz uma diferenciação entre humor , que é o estado emocional interno da pessoa ( feliz, mal-humorado) e afeto que é a expressão exteriorizada.
Geraldo diz que qualquer pessoa esta propensa a depressão: pessoas sadias, pacientes psiquiátricos, pacientes no contexto médico.
Como foi dito anteriormente, para a psiquiatria a depressão precisa estar ligada a um fator genético, uma característica do gene.O s fatores estressantes podem encadear a doença, mas não causa - lá.
Outro exemplo claro que ele dá: uma pessoa que não possua a pré- disposição genética para a depressão e que sofra alguma perda muito grande poderá ficar muito triste e abatida por um longo período, mas irá superar isso e seguir adiante sem desenvolver a depressão. No entanto, caso a pessoa possua esse pré-disposição, ela poderá facilmente ser atingida pela doença.
Geraldo afirma que o diagnóstico da depressão é feito desde que o paciente apresente no mínimo 5 sintomas dos apresentados pela DSM com um freqüência de 10 a 15 dias no mínimo.
Para eles, fatores ambientais , como o casamento, desemprego,a vida moderna agitada podem agravar a doença, mas não causar. Outra consideração feita por ele é de que a depressão pode causar outras doenças ao corpo e que outras doenças também podem agrava-lá. Ou seja, é preciso um acompanhamento para tratar as duas.
O tratamento é feito com remédios, psicologia e também com uma preparação psicológica da família. Ele alerta para o uso de remédios depressivos como o lexotan que são inadequados e remédios para emagrecer que podem agravar a situação. A relação com a psicologia aliada a psiquiatria também é importante no tratamento.
Para ele é necessário que se mantenha uma boa saúde mental que está ligada a um bom trabalho, satisfação, qualidade de vida, conhecimento, lazer e boa alimentação.

A VISÃO DA PSICOLOGIA

A psicologia possui uma visão diferente sobre a causa da depressão. De acordo com a psicóloga Ilma A Goulart de Souza Britto, que possui graduação em Psicologia pela Universidade de Brasília (1975), mestrado em Psicologia da Aprendizagem e Desenvolvimento pela Universidade de Brasília (1984) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999), atualmente é titular da Universidade Católica de Goiás e tem experiência na área da Análise do Comportamento Aplicada à Psicopatologia, a depressão está ligada a fatores ambientais e sociais.
Ela assim como Geraldo, afirma que a depressão tem se tornado algo muito comum entre as pessoas, como se fosse uma “gripe” da doença mental. Ela afirma que após a violência , ela é a maior causa das mortes.
Ilma afirma que a psiquiatria usa os sintomas definidos pela DSM para detectar a depressão, enquanto a psicologia analisa o funcional. Para ela a depressão está ligada ao ambiente, aos fatores sociais do meio em que a pessoa vive. Caso fosse um fator genético, poderia ser constatado na análise dos genes em um exame.



DEPRESSÃO NA MULHER



Um tipo de depressão muito analisado e estudado atualmente é a da mulher. Ela está muito associada a menopausa, gravidez e ciclos hormonais. Os padrões de beleza exigidos hoje pela sociedade estão fazendo com que cada vez mais adolescentes se submetam a intervenções cirúrgicas ou então se tornem depressivas.
A vida moderna também tem agravado os números de depressão. As luta do dia-a-dia para dar conta de todas as tarefas, o emprego, os estudos, a impressão de que não vai conseguir fazer tudo se tornam também um agravante.Para a psicóloga Ilma , qualquer um destes tipos de depressão está associado ao histórico da mulher.
Uma depressão pós- parto por exemplo,vai depender de como essa mulher encara essa fase de sua vida. Se ela vem aliada de uma bom emprego, um relacionamento estável, uma condição econômica que garanta uma qualidade de vida boa para a criança ou o contrário.
A menopausa é outro agravante. A depressão piora a qualidade de vida sexual da mulher e as que mais sofrem com ela são as com idade entre 41 e 50 anos. O fim do ciclo menstrual, com menor produção de estrogênio, aumenta em duas vezes a chance da mulher entrar em depressão. É o mesmo hormônio que causa as tradicionais ondas de calor de que tanto as mulheres reclamam. Além do desconforto físico, a depressão leva à perda de desejo sexual.
È necessário sempre um acompanhamento da mulher, já que ela está suscetível a grandes variações nos níveis hormonais durante toda a vida, ou seja, a depressão.

DEPRESSÃO NO TRABALHO

Um tipo de depressão que vem se agravando muito é a depressão no trabalho. As pessoas estão cada vez mais pressionadas em um mercado competitivo e agitado. O assédio moral, as condições físicas do trabalho e a pressão são causadores da depressão no trabalho.
O assédio moral, segundo Andrea Batista Magalhães que possui Graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2001) e Mestrado em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica de Goiás (2006), especialista em Neuropsicologia pela Universidade Católica de Goiás, psicoterapeuta clínica Experiência em Psicologia da Saúde e Organizacional, é um dos fatores mais graves e é a exposição de trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, como gozação, perseguição, menosprezo, desqualificação da vítima e esquecimento.
Ele pode causar danos como dores generalizadas (80%), aumento da pressão arterial (45%), palpitações e tremores (60%) e redução da libido (40%).Mulheres e homens no entanto reagem diferente a este tipo de situação. As mulheres costumam expressar através do choro, tristeza e o homem através da revolta, raiva, desejo de vingança.
As profissões mais atingidas são as da área da saúde como enfermagem, medicina, auxiliares, professores e pessoal da administração como serviços públicos e vendas. Ao sofrer este tipo de situação as pessoas dificilmente retornam ao mesmo trabalho
O meio de vencer isso, além de um acompanhamento profissional é não usar os mecanismos de defesa como a fuga, mas a estratégia de enfrentamento. Anotar as agressões, tentar juntar provas documentais,, testemunhas, procurar ajuda psicológica e aconselhar-se juridicamente.
A empresa geralmente é obrigada a oferecer suporte a este tipo de pessoa.